Você sabia que toda vez que abre uma apostila didática, está vendo a aplicação do Design Instrucional (também conhecido como DI)? Você pode até não perceber, mas nestes casos está olhando para a aplicação técnica de disposição de informação, por exemplo. Uma técnica para otimizar o aprendizado e facilitar a absorção do conhecimento.
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Desde que surgiu, em meio a Segunda Guerra Mundial, para viabilizar e agilizar o treinamento dos soldados, novos oficiais e enfermeiras norte-americanas, essa ferramenta só tem se desenvolvido. Inclusive para a aplicação em diferentes meios, que variam do texto para vídeos, podcasts, jogos, e muito mais.
Sendo assim, atualmente o Design Instrucional diz respeito a um conjunto de técnicas que buscam facilitar a absorção do conhecimento através dos materiais de ensino. O que acaba otimizando todo o processo. E quem não quer treinamento mais efetivos, certo?
Mas o que é Design Instrucional?
Como mencionamos acima, o Design Instrucional surgiu como uma demanda urgente durante a Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos. Sem tempo hábil para treinar os mais de 16 milhões de pessoas que estavam indo para a guerra – muitas das quais estavam vivendo a sua primeira experiência com o exército – foi necessário buscar por maneiras mais ágeis de capacitar.
Sendo assim, os psicólogos recrutados para desenvolver os treinamentos definiram algumas bases para a criação do conteúdo dos materiais didáticos, como:
- Considerar os fundamentos básicos da Andragogia (ciência que estuda a educação de adultos);
- Adequar-se à linguagem do público-alvo;
- Atentar para os conhecimentos prévios do público;
- Definir e levar em conta o perfil do público.
Assim, definindo a metodologia que conhecemos hoje como Design Instrucional. Mais tarde, o método também passou a ser aplicado em outros campos, como a indústria, negócios e até mesmo o acadêmico. Dessa forma, é comum que o material didático passe por um “tratamento” pedagógico, o que acaba os diferenciando do material “bruto” que encontramos nos livros de base, por exemplo.
E mesmo com a evolução tecnológica, que mudou a forma como ensinamos e aprendemos, o DI segue sendo relevante e importante. Aliás, sua contribuição para a construção de materiais didáticos para e-learning proporcionou experiência mais ricas para os alunos. Isso porque o Design Instrucional passou a ser aplicado a diversos tipos de mídia, da impressa aos vídeos, podcasts e jogos corporativos.
Como ele funciona na prática
Para que possa atingir os objetivos educacionais, o Design Instrucional precisa ter um olhar multifocal. Isso vai permitir que ele consiga relacionar os conteúdos a serem ensinados com os problemas da empresa, com o contexto corporativo ou mesmo o ambiente de trabalho. Sendo assim, podemos dizer que o DI precisa estar presente em 3 níveis do desenvolvimento dos projetos:
- Primário: a frente da construção dos materiais, criando storyboards e amarrando as trilhas de diferentes tipos de mídias.
- Intermediário: o profissional de DI trabalha na modelagem dos cursos ou disciplinas, seguindo as instruções da área de T&D para cada treinamento.
- Último nível: o profissional de DI, no aspecto mais macro do projeto, define as diretrizes gerais do treinamento.
Também é comum que os profissionais de DI recorram a processos de produção de Design Instrucional, como guias para o design e a gestão dos projetos.
Design de Jornada de Aprendizagem
Um dos modelos de guia e gestão de projetos mais usados é o ADDIE, que até recentemente usávamos aqui na Evolke. No entanto, em 2020 o substituímos pela nossa própria metodologia: O Design de Jornada de Aprendizagem.
Nossos especialistas desenvolveram o Design de Jornada de Aprendizagem como uma alternativa mais simples, fácil e ágil aos outros métodos disponíveis no mercado. Algo que pudesse auxiliar a criação das ações de T&D, garantindo que nenhuma parte importante do processo ficasse de fora.
Sendo assim, desenvolvemos 3 quadros para a orientação da criação dos treinamentos. Estes quadros possuem objetivos orientados aos resultados, planejamento e jornada, como você pode ver abaixo:
- Quadro de Resultado: é onde as necessidades de negócios e evidências de mudança são descritos. Nessa etapa também são descritos os indicadores que serão impactados com as mudanças. Dessa forma é possível comprovar a efetividade e justificar novos investimentos.
- Quadro de Planejamento: nesta etapa monta-se o planejamento completo do treinamento. Ele deve iniciar com as necessidades de negócio e ir até o planejamento da aprendizagem continuada. Ou seja, as ações que darão sequenciam a evolução do colaborador após o término do curso.
- Quadro de Jornada: esse último quadro é dividido em 3 etapas: o antes, durante e depois. Com o apoio do Design Thinking ele criar uma “linha do tempo” que descreve as etapas do treinamento. Ela abordará desde como os colaboradores serão convidados para a ação até a descrição das atividades diárias que reforçarão o aprendizado.
Para conhecer melhor a metodologia você pode ler o nosso artigo sobre ela ou assistir ao vídeo abaixo, onde nosso especialista em aprendizagem corporativa, Deivid Alexandre, explica sobre sua criação e aplicação.
O que a empresa ganha usando Design Instrucional nas ações de T&D
Optar pela aplicação – ou não – de qualquer ferramenta é um processo que exige análise. Afinal de contas, se vamos alterar os processos que já estão acontecendo dentro da empresa, é preciso que eles tragam algum tipo de vantagem. E com o Design Instrucional não é diferente. Por isso, separamos alguns dos principais benefícios da ferramenta para as organizações.
1 – Foco nas necessidades do público-alvo
Quando agimos de acordo com as necessidades do público-alvo de cada treinamento, estamos mais aptos para preparar materiais pensados de forma a aprimorar as competências, habilidades e desempenhos desejados. Assim, ninguém fica perdendo tempo com conteúdos irrelevantes para aqueles alunos.
2 – Melhoria no Custo x benefício
O uso do Design Instrucional também melhora o custo-benefício dos treinamentos. Isso porque ele torna as ações mais efetivas em relação ao tempo e ao modo de apresentar o conteúdo aos alunos.
3 – Treinamentos com foco em resultados
É também com o auxílio do Design Instrucional que o setor de T&D consegue criar treinamentos com metas e focados no objetivo de negócio. Assim, garantindo que cada ação tenha efetividade na produtividade e atividades diárias, evitando “desperdiçá-las” com cursos que não terão o impacto desejado.
Suas ações de T&D levam o Design Instrucional em consideração?
Seja online ou presencial, toda ação de treinamento e desenvolvimento pode se beneficiar da aplicação do Design Instrucional. Isso porque todas as ferramentas que auxiliem na capacitação e facilitem a absorção do conhecimento por parte dos alunos deve ser muito bem-vinda. Afinal de contas, todo mundo quer um treinamento efetivo, certo?
É por isso que todos os treinamentos desenvolvidos aqui na Evolke levam em consideração o Design Instrucional. Entendemos a importância de materiais focados e otimizados para a aprendizagem.
Em agora que você já sabe a importância do DI para o seu conteúdo, que tal nos deixar te ajudar na sua jornada de educação corporativa? Clique no banner e agende uma consultoria gratuita!